Descrição
O capital simbólico do campo jornalístico: disputas e códigos compartilhados entre jornalistas de mídia e assessores da Alesc
Aline Louize Deliberati Rosso
Dados técnicos da obra
Edição Impressa e em E-book:
Páginas: 324 impressa e 409 no E-book (Kindle)
Ano de publicação: 2022
ISBN: 978-65-89612-01-08
Capa, projeto gráfico e diagramação: Dyego Marçal
Revisão: Hein Leonard Bowles
Apresentação
A construção da posição social do assessor de imprensa como parte do campo jornalístico no Brasil é um fenômeno singular, que difere da realidade de outros países, onde a atividade associou-se, historicamente, ao desenvolvimento da profissão de relações públicas. O mercado de trabalho de assessoria de imprensa é, hoje, no País bastante expressivo em termos de oferta de postos e inserção de jornalistas diplomados, com possibilidades de remuneração muitas vezes mais atrativas do que aquelas encontradas em redações. Entidades representativas, como sindicatos e Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), assumiram, aqui, conduta ativa para garantir o domínio deste território de trabalho, a partir da definição dos assessores de imprensa como jornalistas profissionais. Este reconhecimento, no entanto, é ainda alvo de permanentes controvérsias, atualizadas no interior do próprio campo jornalístico. Em geral, são embates orientados por perspectivas essencialistas sobre o que é o jornalismo (e o que é ser jornalista) — amplamente distantes do ponto de vista assumido por Aline Rosso nesta obra.
Em diálogo com o universo conceitual e metodológico de Pierre Bourdieu — em particular, sua teoria dos campos — a autora propõe uma leitura sociológica destes embates, de modo a identificar as estratégias de legitimação mobilizadas por assessores de imprensa para serem reconhecidos como pertencentes ao campo jornalístico. Parte do princípio, caro à teoria, de que os limites do campo não são fixos, mas estão em jogo nas lutas internas pela definição dos parâmetros de entrada e pertencimento legítimo a determinado espaço de produção. Quem afinal pode se definir como jornalista e com base em que critérios? O convite ao pensamento relacional, característico da obra de Bourdieu, apresenta-se como um desafio (e uma potencialidade) para a construção do objeto da pesquisa: operacionalizar o conceito de campo jornalístico Em diálogo com o universo conceitual e metodológico de Pierre Bourdieu — em particular, sua teoria dos campos — a autora propõe uma leitura sociológica destes embates, de modo a identificar as estratégias de legitimação mobilizadas por assessores de imprensa para serem reconhecidos como pertencentes ao campo jornalístico. Parte do princípio, caro à teoria, de que os limites do campo não são fixos, mas estão em jogo nas lutas internas pela definição dos parâmetros de entrada e pertencimento legítimo a determinado espaço de produção. Quem afinal pode se definir como jornalista e com base em que critérios? O convite ao pensamento relacional, característico da obra de Bourdieu, apresenta-se como um desafio (e uma potencialidade) para a construção do objeto da pesquisa: operacionalizar o conceito de campo jornalístico como um espaço social de relações objetivas, entre uma série de agentes e instituições que ocupam posições diferenciais, hierarquizadas e que estão em concorrência por legitimidade. Conceito solidário e interligado a outros na teoria bourdiesiana, como o de habitus e capital
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